Quartas na Copa do Brasil

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Palmeiras e Atlético-GO fizeram um jogo duro no Palestra Itália. É impressionante como o time paulista erra na saída de bola. Foram várias as chances do time goiano criadas pelos nada habilidosos jogadores palmeirenses.
Apesar disso, o alviverde foi um pouco melhor no primeiro tempo. Não foram muitas as chances criadas, mas o jogo estava controlado. Na segunda etapa mudou. O Atlético Goianiense criou mais oportunidades e Marcos fez grandes defesas.
No último minuto Paulo Henrique sofreu pênatil e Cleiton Xavier deu ao Palmeiras a vantagem de empatar no jogo da volta.

Grande vitória do Grêmio diante do Fluminense. Na estreia de Muricy Ramalho no comando do tricolor carioca, foi o meia Douglas que chamou a atenção. Atuação de gala do canhoto e dois gols na partida. Borges e Jonas também brilharam. 3 a 2 e uma vantagem muito grande para decidir no Olímpico. Até pelo futebol que o Flu não tem e pela bela temporada dos "imortais", a vaga deve ficar no Rio Grande do Sul.

Santos e Atlético-MG fizeram uma das melhores partidas da Copa do Brasil. O Mineirão foi palco da noite "Tardelli". Três gols e vitória mineira. Robinho, o melhor dos paulistas no jogo, e Edu Dracena marcaram para para o peixe. O último gol deu aos "meninos da Vila" uma situação mais tranquila. Vitória simples na Vila Belmiro e a vaga para as semi-finais estará garantida.

O Vitória bateu o Vasco no Barradão. O resultado não ilustrou o que foi a partida. 2 a 0 foi muito. No máximo uma viória simples faria justiça ao jogo. Mas futebol é feito de gols e não de justiça. Os baianos marcaram e abriram grande vantagem para decidir em São Jenuário.

Brasileiros na Libertadores

Foto: UOL

O Internacional se complicou na Taça Libertadores. Perdeu para o Banfield por 3 a 1 e terá que vencer por dois gols de diferença no Beira Rio para ficar com a vaga. Pelo menos os colorados podem comemorar o lindo gol do lateral Kléber. Jorge Fossati já balança no cargo. Derrota em casa para o rival Grêmio na decisão do Gaúcho, junto com uma liminação da competição sul-americana são situações que provavelmente colocariam o uruguaio longe do Rio Grande do Sul.

O São Paulo fez o usual. Futebol prático, chato. Mesmo assim foi superior e o empate acabou sendo bom. O tricolor atuou o segundo tempo com um jogador a menos e conseguiu trazer a decisão para o Morumbi. Uma vitória simples classifica os paulistas. O problema é que qualquer empate com gols dá a vaga ao Universiário, do Peru. Os peruanos, apesar das limitações, estão invictos na Libertadores. O time faz poucos gols, mas também não toma. São 5 empates e 2 vitórias jogando um futebol de resultados, mas difícil de ser batido.

No Mineirão deu Cruzeiro. A Raposa venceu o Nacional, de Montevidéu, por 3 a 1. Poderia ter definido a classificação em casa. Fez os três gols ainda no primeiro tempo e foi para o intervalo dizendo que o importante era não tomar gols e levar aquele placar para o jogo da volta, no Uruguai. Se continuasse com a vontade e ambição dos primeiros 45 minutos, fatalmente teria goleado. Acabou sofrendo um gol e terá que ter atenção na semana que vem.

Flamengo vence e Ronaldo passa vergonha

Com justiça, deu Flamengo no duelo diante do Corinthinas, no Maracanã. No primeiro tempo foi difícil jogar bola. Choveu muito no Rio de Janeiro e o campo estava em péssimas condições. Ambas as equipes sofreram. Não dava para trocar passes, nem carregar a bola. A solução era o chuveirinho. Em um dos únicos lances que merecem registro, o meia Michael recebeu cartão vermelho e deixou o Fla ccom um a menos.
Na segunda etapa São Pedro deu uma trégua. O gramado melhrou. Os cariocas se fecharam e a posse de bola foi do Corinthians. Mas só a posse, pois o time não criava. Toca de um lado para o outro sem objetivo. O Flamengo tentava os contra-ataques e conseguiu um pênalti. Adriano colocou os rubro-negros em vantagem e poderia ter ampliado se Julio César não o atrapalhasse em uma bela chance de cabeça. O Corinthians só teve uma oportunidade, quando Ronaldo passou pela esquerda e cruzou para Iarley e Jorge Henrique se atrapalharem.
Aliás, a atuação de Ronaldo merece destaque. Só que a péssima atuação. Ele parecia um fraldinha no meio de profissionais. Não dominava a bola, não tinha raciocínio rápido, reflexo, agilidade, inteligência para jogar. Uma atuação dígna de pendurar as chuteiras. Ele deveria ter o mínimo de bom senso e se preparar melhor para a temporada. Está gordo e complemente fora de condições para ser jogador de futebol.

Outras decisões pelo Brasil

Grenal sempre é um Campeonato a parte. Beira-Rio lotado para a primeira partida da decisão do Campeonato Gaúcho. O técnico Silas, do Grêmio, apostou em uma formação bem ofensiva. Escalou Hugo na armação e três atacantes: Leandro, Jonas e Borges. Jorge Fossati não inventou. Colocou em campo o mesmo time que bateu o Deportivo Quito pella Libertadores. Também bastante ofensivo. D'Alessandro e Andrezinho na armação e Walter e Alecssandro na frente.
Borges e Jonas perderam grandes chances para o Grêmio no primeiro tempo.
Mas o zagueiro Rodrigo mostrou como se faz e abriu o placar na etapa final. Borges, de cabeça, ampliou e fez explodir a pequena parte azul, dentro de um mar vermelho. 2 a 0 e grande vantagem para decidir no Olímpico.

Em Minas Gerais o grande também venceu. O Atlético-MG passou pelo Ipatinga fora de casa por 3 a 2. Muriqui, duas vezes, e Deigo Tardelli, de pênalti, marcaram para Galo. Joabe e Luizinho fizeram os gols da equipe do interior. Vanderlei Luxemburgo prepara a equipe agora para o difícil duelo diante do Santos pela Copa do Brasil. Os mineiros já começaram com sorte: Neymar não joga!

Santos - Quase lá!

O Santo André mostrou porque chegou na final do Campeonato Paulista. O primeiro tempo da decisão foi supreendente. A equipe do ABC impôs uma marcação muito boa. Controlou o jogo na etapa inicial. Não deixou o Santos jogar e aproveitou bem os contra-ataques. Atitude de um time preparado para o lugar que chegou. O time de Sergio Soares fes 1 a 0, mas poderia ter feito mais.
Neymar machucou o olho e não voltou para o segundo tempo. O artilheiro André aproveitou a boa jogada de Paulo Henrique e empatou para o Santos.
A equipe da baixada crescia de produção. Wesley apareceu nas costas do lateral Rômulo e virou o jogo.
De novo Wesley, de novo nas costas de Rômulo. 3 a 1 para o Santos.
Mas parou por aí. Mesmo com um jogador a mais - o zagueiro Toninho foi expulso - o Santos não pressionou mais.
O Santo André voltou a incomodar e diminuiu com Rodriguinho, meio sem querer.
A vantagem do empate aumentou. Agora o Santos pode até perder por um gol de diferença para levantar a taça. Falta pouco. Mais precisamente uma semana.

Outros brasileiros na Libertadores

Arte: Eduardo Ferraz de Oliveira

O São Paulo se deu bem. Inicialmente ninguém imagina o tricolor paulista saindo da Libertadores pelo Universitário, do Peru. Ricardo Gomes levou o time à segunda melhor campanha do torneio e terá o direito de decidir em casa até o final da competição. Só perderá essa mordomia se enfrenatr o Corinthians. Nada anormal deve acontecer. O São Paulo é favorito.

O Cruzeiro tem que se preocupar um pouco mais. Nem tanto pela qualidade do Nacional, de Montevidéu, mas pela tradição. A equipe uruguaia conta com uma enorme torcida e uma história cheia de títulos. Tem camisa pesada, assim como a Raposa. O clube mineiro, porém, tem muito mais qualidade. O problema é que a semana não foi boa em BH. A derrota nas semi-finais do Campeonato Mineiro para o Ipatinga revoltou os torcedores que pediram a saída do técnico Adilson Baptista e de alguns membros da diretoria. Como quem quer dar uma resposta aos fãs, o clube afastou 9 atletas do elenco. Atitude desnecessária e irresponsável. Se os cacos forem colocados no lugar, o Cruzeiro tem grandes chances de passar. Mas tem que ser rápido.

O Internacional é o único clube brasileiro a encarar uma equipe argentina. Mas não é o Boca Juniors, nem o River Plate, muito menos o atual campeão Estudiantes. O Banfield não deve impor muitas dificuldades à equipe gaúcha. O time de Jorge Fossati foi muito bem na última partida da primeira fase e, se manter o ritmo, deve ir longe na competição sul-americana.

Quarta de futebol e nada mais!

Sensacional!!! A Libertadores da América ganhou de presente uma partida que envolve 60 milhões de apaixonados. Um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. As duas maiores torcidas do Brasil. Corinthians e Flamengo se encontram, em duelo válido pelas oitavas-de-final da competição Sul-Americana.
O "presente", para a equipe paulista, veio com gosto amargo. O time comandado pelo técnico Mano Menezes fez a melhor campanha da primeira fase. Merecia melhor sorte. Jamais os fiéis imaginariam um confronto com a equipe da gávea, já nessa fase. Ainda mais fazendo essa excelente pontuação.
Os cariocas não podem reclamar de nada. Tem, sim, é que agradecer a suada classificação. O Flamengo venceu o Caracas, da Venezuela, por 3 a 2, no Maracanã e teve que esperar os resultados da quinta-feira. Quase se complica feio, contra a pior equipe do grupo. O que viesse, seria lucro. Veio o Corinthians, paciência!
A presidente flamenguista, Patrícia Amorin, resolveu "arrumar" a casa logo na semana decisiva. Demitiu de baciada. Perderam o emprego: o técnico Andrade, o vice Marcos Brás e o dirigente Magalhães. A tentativa de recontratar o paizão Joel Santana deu errado. Ele confirmou que ficará no Botafogo. Celso Roth surge como opção, em um mercado que ainda tem Muricy Ramalho, que negocia com o Fluminense. A dança dos técnicos no Rio de Janeiro começou cedo em 2010.
O Corinthians parece ter superado a perda do Campeonato Paulista. A desclassificação, ainda na primeira fase, foi deixada de lado em função do principal objetivo do Timão no ano: a Libertadores. A tranquilidade e o apoio da torcida tem limite. Se o time não vencer a competição Sul-Americana, o incentivo terá efeito contrário.
Enfim, um duelo digno de parar o Brasil. O melhor confronto da Libertadores até agora. É bom lembrar: não existe lógica em um momento como esse. Cuidado Corinthians!

Confrontos definidos na Copa do Brasil

Deu a lógica no Maracanã. O Fluminense passou pela Portuguesa e avançou às quartas-de-final da Copa do Brasil.
E os lusitanos, com certeza, não vão querer encontrar artilheiro Fred pela frente tão cedo. O matador fez o gol da vitória na partida de ida no Canindé. Na volta, de novo Fred. Dessa vez ele marcou três vezes em menos de 30 minutos de jogo e decretou a vaga para a equipe carioca. No segundo tempo a lusa esboçou uma reação. Luis Ricardo e o lateral Paulo Sérgio descontaram para os paulistas.
O Flu encara o Grêmio na próxima fase da competção.

Em Goiânia, o Atlético local venceu novamente o Santa Cruz: 2 a 0. Engraçado é ver o time que eliminou o Botafogo, campeão carioca, cair tão facilmente. Perdeu as duas partidas e não incomodou o adversário. O Atlético Goianiense enfrenta o Palmeiras pelas quartas-de-final da Copa do Brasil

Copa do Brasil!!!

O clima da partida na Arena da Baixada já dava mostras que não seria uma decisão qualquer. Mas o Palmeiras teve tudo nas mãos para transformar o jogo em uma classificação nada dramática. Só que a chance caiu nos pés de Robert. O artilheiro do Palestra na emporada quis fazer algo que nunca havia feito. Robert nunca perdeu um pênalti pela equipe, mas sempre fez o simples. Simplesmente escolhia o canto e cobrava. O centroavante resolveu dar a famosa paradinha e perdeu. Bateu mal, fraco.
Tá certo que a penalidade presenteou o Palmeiras com a expulsão de Bruno Costa. A partir desse momento, o time paulista controlou o jogo, criou várias oportunidades e......não aproveitou nenhuma. O futebol é traiçoeiro, não dá chances para o azar.
Em uma "infelicidade" do juiz Gutemberg de Paula Fonseca, os paranaenses ganharam um pênalti. Alan Bahia, esse sim sempre usou a paradinha, usou de novo e colocou a Atlético na frente.
O gol saiu aos 34 minutos do segundo tempo. A decisão por penalidades já era esperada. Mas a melhor equipe em campo sempre foi o Palmeiras. E em uma bea tabela entre Marcio Araújo e Ewerton, o volante\lateral deixou Lincoln sozinho, na segunda trave, para empatar a partida faltando dois minutos para o fim do tempo regulamentar.
Uma prova que pressão ajuda, mas não é tudo. É preciso jogar bola e quem jogou mais foi o Palmeiras. Classificação merecida!

Outra grande partida acnteceu na Ressacada. Avaí e Grêmio fizeram um jogo cheio de gols e emoção. O Avai esteve na frente a partida inteira, mas nunca conseguiu abrir a vantagem que precisava: dois gols. O artilheiro Jonas, como sempre, deixou o dele. Fabio Rochemback também anotou para os Gaúchos. Roberto e Laércio, duas vezes, fizeram os gols da equipe de Florianópolis. O Grêmio se concentra agora para as finais do Campeonato Gaúcho contra o arqui-rival Internacional.

O Atlético Mineiro sobrou na Ilha do Retiro. Dois gols ainda no primeiro tempo garantiram a classificação para as quartas-de-final da Copa do Brasil. O jovem Muriqui e o iluminado Diego Tardelli foram os protagonistas do jogo. O Sport, que em 2008 e 2009 teve garndes momentos, caiu de mais. Acabou rebaixado no Brasileiro do ano passado e sai do torneio nacional com duas derrotas e nenhum gol marcado diante dos mineiros. O time de Vanderlei Luxembugo divide as atenções entre a próxima fase da Copa e as finais do Campeonato Mineiro, contra o Ipatinga.

Aliás, o Atlético MG não deu sorte. Pega nas quartas-de-final ninguém menos que a sensação do Brasil: o Santos. A equipe da baixada foi à Campinas com o time reserva. Depois de vencer por 8 a 1 na Vila Belmiro, a derrota por 3 a 2 não fez mal nenhum. O Guarani comemorou bastante o triunfo. É, pelo menos vai poder contar daqui uns aninhos, que venceu aquela ótima equipe do Santos. E quem vai contestar?

Mesmo com um pequeno sufoco, o Vasco passou de fase. A vítória por 2 a 1, em São Jenuário, diante do Corinthians Paranaense, deixou um ponto bem claro. O meia Carlos Alberto é indispensável para a equipe da Colina. Se Roberto Dinamite e seus comandados sonharem com algo maior na temporada, é bom cuidar bem do camisa 19. Ele ainda faz a diferença jogando em território brasileiro.

O time carioca enfrenta agora o Vitória. A equipe baiana teve uma classificação tranquila. O empate em 2 a 2 contra o Goiás, no Serra Dourada, não importava muito. A vaga veio depois da goleada de 4 a 0 conquistada no Barradão. O Goiás já demitiu o técnico Jorginho no último final de semana. A fase não é boa e todo cuidado é pouco durante o Campeonato Brassileiro. A equipe esmeraldina até possui bons jogadores, mas parece que algo interno atrapalha na formação do time.

O futebol e suas injustiças

No primeiro dia do mês de setembro de 2009, Cuca chegava ao Fluminense. O técnico havia sido contratado para o lugar de Renato Gaúcho, que não conseguia bons resultados a frente do tricolor carioca. O clube estava na útima posição do Campeonato Brasileiro, a oito pontos do primeiro time fora da zona do rebaixamento.
Com um começo muito irregular, Cuca não conseguia fazer com que o time pegasse o caminho das vitórias. O Fluminense já era dado como rebaixado. Não só pelos torcedores rivais, mas pela crítica e até pela própria torcida, que não acreditava mais.
O craque Fred, até então machucado, voltou e voltou muito bem. Era o cara certo fazer traduzir em gols as oportunidades criadas e dar um pouco mais de experiência para o clube carioca.
A partir desse momento uma incrível arrancada começou. Vitórias improváveis como na emocionante virada diante do Cruzeiro, no Mineirão, mesmo depois de estar perdendo por 2 a 0. Triunfos fáceis como contra o Sport na Ilha do Retiro e suados como no magro 1 a 0 contra o então líder Palmeiras. A última rodada do torneio não poderia ser mais cruel para os tricolores. Duelo com o Coritiba, adversário direto na luta contra o rebaixamento, no Couto Pereira. O empate em 1 a 1 garantiu os cariocas na elite e o descenso do paranaenses.
No meio de tudo isso, Cuca ainda conseguiu levar o Fluminense à final da Copa Sul-Americana. Perdeu a primeira partida na altitude de Quito por 5 a 1 para a LDU. Mas quase reverte o placar no Maracanã. No final, os 3 a 0 não foram suficientes para o caneco, mas serviram para garantir o orgulho de torcer pela equipe.
Esse ano o Fluminense não conseguiu ir longe no Campeonato Carioca. Perdeu as semi-finais da Taça Guanabara e da Taça Rio. Mas está bem na Copa do Brasil, onde venceu a Portuguesa, no Canindé, por 1 a 0. Resultado que deixou os cariocas bem próximo das quartas-de-final da competição.
Hoje a diretoria resolveu demitir o treinador. Os cartolas alegaram que os resultados não apareceram e que o principal objetivo do Fluminense no primeiro semestre não foi atingido: o campeonato estadual.
Não dá para levar a sério um cartola que coloca o estadual na frente de uma Copa do Brasil. Muito menos o pensamento de que o trabalho de Cuca à frente do Fluminense não era satisfatório.
Cuca salvou o tricolor da desgraça, livrou o time de sair, mais uma vez, da elite do futebol nacional.
Essa demissão só pode ter dois significados: ou os dirigentes do Fluminense não entendem nada de futebol ou eles são muito ingratos!!!

Surpresa em BH, alma lavada no RJ e superação no PR

Há muito tempo que Minas Gerais não via uma final de estadual sem o Cruzeiro. Recheada de reservas, a equipe celeste não conseguiu passar pelo Ipatinga e se concentra agora, apenas na Libertadores. Mas, nada de lamento. Pela escalação que o técnico Adilson Baptista colocou no Mineirão, isso era o que ele mais queria. O Ipatinga passeou em campo, fez 3 a o, mesmo tendo dois pênaltis a favor não marcados, além de um gol legal, anulado pelo juíz. O gol de honra até que saiu no final com o centroavante Welington Paulista, mas já era tarde.
E quase que a zebra foi total no estado. O adversário do Ipatinga na decisão será o Atlético, mas poderia muito bem ser o Democrata de Governador Valadares. Vanderlei Luxemburgo agradeceu aos céus depois que o árbitro apitou o final de jogo. Um sofrido empate sem gols garantiu a vaga do Galo mineiro.

No Rio de Janeiro o campeonato acabou antes da hora. O iluminado Joel Santana e o glorioso Botafogo passaram pelo Flamengo na final da Taça Rio por 2 a 1 e conquistaram o título do Campeonato Carioca com o caneco dos dois turnos nas mãos. Depois de três vices consecutivos diante da equipe da Gávea, o Fogão passou por cima do tabu e lavou a alma de seus torcedores.
Quem não se lembra da humilhante goleada sofrida para o Vasco em pleno Engenhão? O time se superou, eliminou o mesmo Flamengo na semi da Taça Guanabara e bateu o mesmo Vasco na decisão do turno.
Problemas resolvidos? Por pouco tempo. O time foi desclassificado, em casa, da Copa do Brasil, pelo modesto Santa Cruz.
Agora, a volta por cima novamente e a certeza de que o ano deve ser marcado pela clara irregularidade da equipe de General Severiano.

Em Curitiba, deu Coritiba. No Couto Pereira, o time casa bateu o Atlético Paranaense por dois a zero e garantiu o título estadual em mais uma surpresa! O Coxa foi eliminado há pouco tempo da Copa do Brasil e disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Já o Furacão está na elite do futebol nacional e terá que eliminar o Palmeiras nesse meio de semana pela Copa do Brasil para não correr o risco de atrair uma crise para a Arena da Baixada.

Santo André comendo pelas beiradas

Palmeiras e Corinthians apenas treinaram no final de semana. Com certeza, em janeiro, essa prgramação não estava nos planos. Ano passado as 4 grandes equipes do fuebol paulista se classificaram para a semi-final do estadual. O mesmo era esperado no início da temporada. O Palmeiras deu mostras que não chegaria rapidinho. O Corinthians lutou até a última rodada, mas também ficou de fora.
O Santo André, rebaixado no Brasileiro do ano passado, surpreendeu a todos e chegou em segundo na primeira fase. Em terceiro apareceu o assustador Grêmio Prudente, que em poucos anos conseguiu um lugar no topo do futebol nacional.
O Santo André venceu, por 2 a 1, a primeira partida, em Presidente Prudente. Mas quem marcou primeiro em Santo André foi o visitante. Tadeu, de pênalti, colocou a equipe do técnico Toninho Cecílio em vantagem.
Henrique Dias acalmou a torcida local e empatou o jogo.
Mas Marcos Assunção usou sua especialidade para colocar o Grêmio Prudente novamente na frente. Linda cobrança de falta, no contra pé do goleiro Júlio César.
A vantagem de jogar por dois resultados iguais favoreceu o Santo André, que chega à decisão tentando tirar do Santos o papel de protagonista da final.

O verdadeiro futebol brasileiro está na Vila Belmiro

Ele pedala, dribla pra lá, dribla pra cá, passa a bola entre as pernas do adversário, toma porrada, levanta e faz tudo de novo e não perde a mania de fazer a famosa paradinha na hora do pênalti. Ele é abusado, sim. Mas é a cara do futebol que o povo brasileiro tanto ama. É o que há de mais original do melhor produto que o país já conseguiu vender em toda a história, o futebol. Neymar encanta pela molecagem, pela irreverência, pela personalidade e até por fazer tudo parecer uma brincadeira, uma diversão, transformando o futebol profissional e competitivo dos dias de hoje, em pura alegria. Mas Neymar também é a cara do Santos.
Semi-final do Campenato Paulista. De um lado o belo futebol do time da baixada santista, do outro uma equipe experiente, calejada, acostumada a chegar e vencer desde 2005. Depois de ver o futebol pragmático da Itália levar o Mundo, depois de ver a retranca do Once Caldas levar a América, depois de presenciar o futebol sem encanto da Seleção de Dunga levar tudo, depois de perder a esperança de brilhar nos olhos de um apaixonado a beleza do futebol, surge, mais uma vez, os meninos da Vila. A terceira geração de um clube abençoado pelo futebol arte criado no quintal de casa. E foi esse futebol que eliminou o São Paulo.
Com a vantagem de poder perder por um gol de diferença, o técnico Dorival Junior preferiu reforçar o meio, considerado por ele o setor que permitiu a reação são-paulina na semana anterior. Wesley atuou em sua posição de origem e Pará ganhou a vaga na lateral direita, deixando o garoto André no banco de reservas.
No São Paulo, Ricardo Gomes fez extamente o que planejou durante a semana. Cleber Santana e Fernandinho entraram nas vagas do suspenso Marlos e do sacado Washington. Mas claramente não deu certo. Dagoberto e Fernandinho, muito longe um do outro, não conseguiam dar sequência nas jogadas. Richalyson cansou de errar passes e Cleber Santana foi um homem nulo em campo.
No segundo tempo Marquinhos fez boa jogada e cruzou para Neymar abrir o placar. Ele tocou com a mão, mas talvez não tocasse se Alex Silva não tivesse o empurrado segundos antes.
Neymar sofreu pênalti de Miranda, cobrou e ampliou na Vila Belmiro.
Como sempre, Madson entrou bem e na primeira jogada cruzou para Paulo Henrique Ganso fechar a vitória.
Classificação para a decisão do torneio mais do que justa. O Santos foi a melhor equipe da primeira fase e joga a bola mais redonda do Brasil em 2010. Já faz história. Espero que a possível perda do título não coloque esse espetáculo no esquecimento.

Jogo para não se acovardar

São Paulo e Santos jogam amanhã pela semi final do Campeonato Paulista e nenhum dos técnicos divulgou a escalação das equipes. A estratégia não é nova. Treino fechado, time só na hora do jogo, tudo vale quando a partida é decisiva.
A questão é saber se é o momento de ter um pouco mais de cautela. Dorival Junior está em dúvida se escala o polivalente Pará na lateral direita, puxa Wesley para o meio-campo e tira o jovem André do ataque, ou se mantém a equipe que venceu o tricolor, no Morumbi, por 3 a 2.
André é o artilheiro do Santos no Campeonato Paulista com 12 gols e forma ao lado de Neymar e Robinho uma comissão de frente que há muito não se via em campos brasileiros. Dá gosto de ver o time da Baixada Santista jogar futebol. Até Arouca, que é na prática o único volante do time, chegar constantemente no ataque. Contra o Guarani isso ficou claro. Arouca sofreu pênalti e deu assintência jogando na posição "cão de guarda". Marquinhos e Paulo Henrique ditam o rítmo dos santistas. O Ganso, aliás, não para de suspreender. É impressionante a visão de jogo do jovem meia. O problema físico de Kaká peocupa muito na Seleção Brasileira. Poderia preocupar menos se Dunga chamasse o garoto. Estou convencido que, para o Santos, a melhor defesa é o ataque.
No São Paulo, mesmo precisando de uma vitória por dois gols de diferença, o técnico Ricardo Gomes já confirmou Richarlyson na vaga de Junior César pela lateral esquerda, com o único objetivo de reforçar a marcação pelo setor. Fernandinho surge como opção, deixando o centrovante Washington no banco de reservas. Fernandinho poderia entrar na vaga do suspenso Marlos e manter o sistema de jogo que parece ter dado certo. Cleber Santana deve ganhar essa vaga e cadenciar o jogo do tricolor. A questão é que o craque do São Paulo cresceu quando voltou a jogar como segundo volante, vindo de trás e aparecendo de surpresa. Hernanes tem muita qualidade e foi o principal responsável pela incrível reação são-paulina na semana. Ele e Cleber Santana atuam em uma faixa do campo muito parecida e isso faz com que o camisa 10 não se destaque tanto. Pelo menos foi assim até agora. O jogo será aberto, pela característica da equipe mandante. A velocidade de Fernandinho deve ser mais útil do que a cadência de Cleber Santana.

O Palestra a favor do Palestra

Há muito tempo o Palestra Itália não ficava tão cheio. Mais precisamete desde a penúltima rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando o Palmeiras venceu o Atlético Mineiro por 3 a 1 e sonhou, em vão, com o título nacional e a vaga na Libertadores 2010.
Mais de 20 mil pessoas na vítória sobre o Atlético Paranaense mostra que a Copa do Brasi pode não só salvar o semestre da equipe alviverde, como também resgatar o orgulho do torcedor palestrino. O ano que se desenha trágico, pela péssima campanha no Campeonato Paulista, pode ganhar um grande alento se o título vier e a vaga na Libertadores cair no colo de um time até então desacreditado.
O clima foi favorável e o time do técnico Antônio Carlos, se não foi brilhante na plástico do jogo, pelo menos demonstrou vontade e gana de chegar a algum lugar. O belo gol do centroavante Robert tirou um peso enorme das costas do elenco, comissão técnica e até da tão pressionada diretoria.
A Copa do Brasil é um campenato que levanta muita gente. O Fluminense de 2007 não chegou sequer às finais do Campeonato Carioca, mas venceu o torneio nacional e teve tempo para se planejar e montar uma equipe capaz de realizar a melhor campanha na primeira fase da Libertadores do ano seguinte, eliminar os fortes São Paulo e Boca Juniors e chegar a um vice-campeonato graças a altitude e à infelicidade na hora das penalidades.
A contratação de uma piscóloga era necessária. Melissa Voltarelli, que já havia trabalhado com Zago no São Caetano, terá papel importantíssimo nessa possível arrancada do Palmeiras. O time parece não ter superado a incompreensível perda do Brasileirão do ano passado e toda a confiança do elenco e da torcida se perderam em 2009. Confiança é fundamental na profissão de um jogador de futebol. Melissa terá a missão de colocar na cabeça dos atetas que eles podem fazer algo mais pelo clube e pela própria carreira.
A partida de volta será dura, como sempre são difíceis os jogos na Arena da Baixada. O clima já está pesado depois da confusão envolvendo os zagueiros Danilo (Palmeiras) e Manoel (Atlético PR). Bate boca, ofensas racistas e agressões que ultrapassaram a esfera do futebol e foram parar na delegacia. O Palmeiras joga por uma bola para obrigar a equipe paranaense a fazer três gols. Mais qualidade os paulistas tem, resta saber se terão tranquilidade para definir essa importante classificação.